BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Ao receber apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira (PP) prometeu fidelidade total, nada de impeachment. E cumpriu.

Mas teve um custo, pago pela nação. Ele foi o campeão de indicações de recursos ao orçamento secreto, R$ 134 milhões, 300 vezes mais que a média por deputado.

O PL, no entanto, partido do presidente, teve o maior volume de indicações ao orçamento secreto em 2022, com direito a destinação de R$ 699 milhões para seus redutos eleitorais.

As emendas servem de  mecanismo de distribuição de recursos públicos usados pelo governo para obter apoio no Congresso. E garantem reeleições nos estados.

Parlamentares do PL solicitaram no ano eleitoral R$ 699 milhões de recursos públicos para serem gastos em seus estados.

Com isso, a sigla superou o PP, mais agraciado nos últimos dois anos e agora está em terceiro lugar, atrás também do MDB.

Esse cenário confirma não só o fortalecimento do PL e a manutenção da política de distribuição de emendas de relatoria a aliados do Governo Bolsonaro.

Entre as cinco formações com as maiores fatias de 2022, estão PL, PP e Republicanos, expoentes do Centrão e membros do núcleo duro da pré-campanha do presidente à reeleição.

O parlamentar que mais assinou destinações até maio deste ano foi o presidente da Câmara. O dinheiro foi para fundos municipais de saúde nas cidades de Alagoas. Este ano, Lira busca a reeleição como deputado federal no estado.

Com Agência Estado