BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A crise no PSL deixou o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) refém do MDB. Cada vez mais integrantes do partido assumem postos do governo no Legislativo.

Seus dois líderes hoje no Congresso são legítimos representantes da ‘velha política’. No Senado Fernando Bezerra (MDB-PE), alvo da Polícia Federal, há 30 dias, por suspeita de corrupção.

A PF investiga denúncia de desvio de dinheiro público de obras de transposição do Rio São Francisco da época em que Bezerra ocupava o cargo de ministro da Integração Nacional no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

E o senador (foto) Eduardo Gomes (MDB-TO), ex- tucano, que também tem processos em andamento no Supremo Tribunal Federal, por suspeita de corrupção.

Os dois senadores são do grupo emedebista liderado por Renan Calheiros (AL). Bolsonaro sofreu uma dupla derrota semana passada ao tentar indicar o filho, Eduardo, líder do seu partido na Câmara.

Ao tentar tomar do presidente nacional do partido, Luciano Bicar, o controle sobre o caixa milionário do PSL, acabou no colo do MDB, o partido que mais simboliza a velha política –  ao lado do PP e PT- que ele tanto combateu.

A derrota para o delegado Waldir, que continua na liderança do partido governista – mas na oposição ao governo (?) rachou a bancada do PSL de 53 deputados.

Essa semana a briga continua porque os cinco deputados (pró Bolsonaro) afastados pela executiva nacional vão recorrer à Justiça contra o partido.

Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG), Filipe Barros (PR) e Carlos Jordy (RJ) foram suspensos e perderam o direito de assinar qualquer lista ou documento em nome do partido e de falar na tribuna da Câmara.