BRASÍLIA – Criada a partir de um pedido amplo, que rendeu o apelido de “CPI do fim do mundo” a CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito) das noticias falsas ouve nesta terça (29) o deputado Alexandre Frota (PSDB) que promete bater no governo.

Trata-se de uma das principais apostas da oposição para enfraquecer o presidente da República que derrotou o PT. Foram mais de 200 requerimentos apresentados, incluindo a convocação de representantes de empresas de tecnologia e de pessoas ligadas à campanha presidencial do PSL em 2018.

Quem coordena os trabalhos é o ex-presidente nacional do PT Rui Falcão. Dos 96 requerimentos aprovados, 84 são de integrantes de partidos de oposição, como PT, PDT e PSB.

Deputado Alexandre Frota ex-cabo eleitoral do PSL

Nenhum capixaba integra a comissão como titular. Apenas o senador Fabiano Contarato é suplente. Os trabalhos devem atravessar o recesso parlamentar.

A lista dos que devem ser ouvidos inclui representantes do WhatsApp, Google, Twitter, YouTube, Instagram, Facebook e Telegram, Claro, Nextel, Oi, Tim e Vivo, além das empresas AM4, CA Ponte, Croc Services, Deep Marketing, Enviawhatsapp, Kiplix, Quickmobile, SMS Market e Yacows.

De acordo com a Folha de S.Paulo, Quickmobile, Croc Servives, Yacows e SMS Market dispararam mensagens a favor da campanha de Bolsonaro, pagas por empresários, o que viola a legislação eleitoral. A Enviawhatsapp, por sua vez, é citada em outra reportagem do jornal.

A campanha de seu opositor, Fernando Haddad (PT), também é acusada de usar disparos de mensagens de forma irregular. A vice do presidenciável, Manuela D’Ávila (PCdoB) foi convidada a depor na CPMI.

Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – Apurar noticias falsas com falsos objetivos. Baianos e PT no comando.

No requerimento em que Túlio Gadelha (PDT-PE) pede seu depoimento, ele afirma que Manuela é “vítima contumaz de fake news” e vem “empreendendo debates sobre o tema e apontando caminhos possíveis caminhos de enfrentamento”.

Neste mês, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou a reabertura da ação que investiga o uso de compartilhamento em massa de fake news por WhatsApp pela campanha de Bolsonaro, a pedido das coligações “O Povo Feliz de Novo” (PT/PCdoB/PROS) — da qual Manuela fazia parte — e “Brasil Soberano” (PDT/Avante).

É mais uma Comissão que vai acabar no forno das pizzas, depois de servir ao propósito de promover seus autores que buscam mais holofotes do que a verdade dos fatos.

Com informações das Agências Folha e Senado)