BRASÍLIA – Corte de 30% do orçamento para universidades públicas anunciado pelo Ministério da Educação atinge em cheio a já capenga Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) .
O valor de aproximadamente R$ 20 milhões não consta mais no sistema eletrônico da instituição de ensino.
Embora o corte seja para o custeio (jardinagem, limpeza e segurança), cuja previsão era de R$ 69 milhões, o deficit pode prejudicar o ensino e a preparação de mão de obra para o mercado.
Se a Ufes não tiver verba para pagar a conta de luz, por exemplo, os laboratórios e tudo mais que depende do fornecimento de energia pode ser prejudicado.
Além disso, a oferta de mais vagas para cursos de pós-graduação também pode ser afetada devido ao impacto financeiro.
ORÇAMENTO – O orçamento anual da Ufes é de R$ 926 milhões. Cerca de R$ 800 milhões são destinados ao pagamento de funcionários (ativos e inativos). O custeio (manutenção, segurança, limpeza, telefone etc.) teria uma reserva de R$ 69 milhões.
Para a assistência estudantil a universidade destina R$ 51 milhões e os R$ 6 milhões restantes seriam utilizados para o investimento em novos equipamentos, obras e reparos.
O corte tem que ser feito na manutenção, pois é inviável tirar esse valor do pagamento de pessoal.
Para evitar que os serviços como funcionamento do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam) sejam interrompidos, os cortes serão direcionados aos serviços de limpeza e jardinagem.
Em entrevista para a Tribuna, o Reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte disse que deixar o mato alto no campus não significa falta de gestão, mas é um reflexo de uma escolha criteriosa para não prejudicar a qualidade de ensino.
“O mato pode estar alto, mas não faltou um dia de aula. Ou cortamos o mato ou mantemos as atividades”, disse o reitor.
Com informações da Tribuna