Feriado de Corpus Cristi, festas de São João, recesso e eleição municipal vão reduzir espaço de votações

BRASÍLIA – Com o fim do financiamento privado das campanhas, o dinheiro a ser disponibilizado pelos partidos passou a ser um atrativo para quem busca a reeleição. Isso tem determinado muitas mudanças neste período de “janelas partidárias abertas”.

Com recursos dos dois fundos públicos, legendas médias, como PP e PR, estariam prometendo disponibilizar até R$ 2,5 milhões para a campanha de quem for buscar a reeleição, justamente o teto permitido para as eleições de deputado federal.

O MDB nacional já prometeu dar R$ 1,5 milhão ao deputado Lelo Coimbra para buscar a reeleição. E Sérgio Vidigal terá 2 milhões do PDT. Mas ambos não trocarão de partidos.

O deputado Altineu Côrtes (RJ) deixou o MDB para voltar ao PR, partido que deve crescer na janela. Ele nega que a migração seja diretamente ligada ao financiamento de campanha. No PMDB teria 1 milhão e meio.

O DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), informou a filiação de quatro novos deputados: Heráclito Fortes (PI), João Paulo Kleinübing (SC), e os fluminenses Laura Carneiro e Sérgio Zveiter.

O PDT do presideciavel Ciro Gomes espera receber dois novos nomes: Chico D’Ângelo e Hugo Legal. O deputado Marco Feliciano (SP) foi para o Podemos, que tem o senador Alvaro Dias (PR) como presidenciável.

CAPIXABAS

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O deputado Evair Melo (PV) também já estaria filiado ao Podemos, segundo o presidente da legenda no ES. Para este partido também pode ir a senadora Rose de Freitas.

Partido do também pré-candidato Jair Bolsonaro (RJ), o PSL realizou, na última quarta-feira (7), um ato simbólico para efetuar a migração do deputado Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato à Presidência.

No evento, presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), informou que espera a filiação oficial de outros oito deputados à legenda, inclusive o capixaba Carlos Mannato (SD).

O líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MS), reclama do “leilão” na Câmara.

— Quando acabou com o financiamento privado, todo mundo ficou assustado em relação a como fazer uma campanha. E somado a isso, tem o fundo partidário e a janela. Com essa soma de novidade que temos agora, temos praticamente um leilão — ponderou.

Apesar de receber a filiação — realizada antes mesmo da abertura da janela partidária — dos deputados Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR), o PSB ainda é visto como um dos partidos que pode sofrer o maior número de baixas.

Alguns dos deputados da legenda deverão seguir ao DEM de Rodrigo Maia. A migração nessa direção já aconteceu com parlamentares que acabaram expulsos pelo PSB, como a coordenadora da bancada ruralista Teresa Cristina.

 Com informações da Agência Globo

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