Polêmico, parlamentar coleciona divergências com colegas do Parlamento, especialmente do PT. Já foi denunciado várias vezes ao Conselho de Ética mas nunca foi punido. Número de seus seguidores, no entanto, só aumenta. São os que acham que a saída é pela extrema direita.

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO –  Segundo colocado nas pesquisas eleitorais para presidente da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), diz que a reforma da Previdência proposta pelo presidente Temer, dificilmente será aprovada.

A declaração do parlamentar, que é ex-capitão do Exército, foi dada com exclusividade para a Agência Congresso.

Para o ex-militar, a proposta apresentada pelo governo Temer para reformar a Previdência serviu apenas para oferecer munição ao PT.

De acordo com a pesquisa divulgada pelo DataPoder360 nesta última quinta-feira (22), Bolsonaro teria 14% das intenções de voto. Perdendo apenas para Lula que teria 27%.

O melhor tucano posicionado na pesquisa é o prefeito de São Paulo, João Dória, que alcança 11%. Quatro pontos percentuais a mais que o governador paulista Geraldo Alckmin (SP).

“O governo dificilmente vai aprovar essa PEC da reforma da Previdência e ainda vai dar munição para o PT”, comentou ele.

Atestado de óbito
“Está havendo muita gente aqui [no Parlamento] achando que seria assinar o próprio atestado de óbito votando favorável a isso aí”, completou, se referindo a reforma.

“Eu estive no Piauí onde segundo o IBGE [instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] a expectativa de vida é de 65 anos. Como vai passar [o tempo da aposentadoria] para 65?”, indagou.

“Isso aí [PEC da reforma da Previdência] aqui não passa. Eu aposto contigo dez contra um que ela não passa”, garante o deputado.

“Tem muito parlamentar que segue o seguinte raciocínio: vou para o sacrifício, voto sim e não passa. Sentiu?  Se você [parlamentar] votar favorável, você vai sentir a pressão quando chegar no seu Estado”, finalizou.

Por Humberto Azevedo