Obras de duplicação da BR 262 estão paradas

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Deputados do Espírito Santo se reúnem nesta quarta-feira (11) para tratar da liberação da BR-262 que liga o Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul, sendo considerada a nona maior rodovia do país. 

A BR-262 é uma das mais perigosas do Brasil, principalmente por haver muitas curvas e inúmeros acidentes. Agora, com a ondas de chuva que o Espírito Santo enfrenta, isso pode se agravar ainda mais.

A novela não acaba por aí. Em maio deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu as obras de duplicação no local. Em novembro de 2019, a BR-262 ficou interditada no Km 77 devido a um deslizamento de terra. 

Segundo o líder da bancada na Câmara, deputado Da Vitória (Cidadania), a pauta será tratada  com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. 

“Queremos transferir o recurso que nós colocamos para saúde e agricultura para que também seja utilizado na BR-262”, complementa ele, que afirma que o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, irá auxiliar na proposta.

O parlamentar Sérgio Vidigal (PDT-ES) disse que algumas ações foram feitas na bancada a respeito da BR. “Já nos reunimos com o DNIT e o órgão garantiu que ia utilizar recursos do orçamento de conversa para fazer as intervenções necessárias”, lembra.

De acordo com vidigal, a bancada capixaba se comprometeu em colocar um recurso adicional no ano que vem para a execução de mais intervenções no estado. “Nos preocupamos muito com o processo de concessão, pois não acredito que saia a curto prazo e a população não pode ficar a mercê disso”, afirma. Da Vitória concorda. 

DNIT

Em nota, a assessoria de imprensa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) disse para Agência Congresso que desde a intensificação de chuvas no ES, o órgão está monitorando constantemente as rodovias. 

Afirmou também que desde que iniciada a temporada de chuvas no país, o DNIT mantém equipes distribuídas em locais estratégicos para intervir imediatamente após ocorrências.

Quando necessário, o DNIT garantiu que são feitos procedimentos para contratação das obras de recuperação.  Assim, em casos de algum dano à rodovia por causa de excesso de chuvas, as empresas contratadas são imediatamente mobilizadas para restabelecer o tráfego rapidamente.

Da Vitória afirma que o DNIT não tem dinheiro. “Precisamos que a obra seja feita. Não adianta ter pessoas e não ter recurso”, finaliza.

Reportagem: Gabriela Andrade