BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A expectativa para 2018 é que a renovação da bancada Capixaba chegue a 60%.
Como o ES tem 10 deputados federais, isso representaria a eleição de seis novos deputados.
A Agência Congresso ouviu os principais atores deste processo, que são, em sua maioria, candidatos à reeleição.
Os deputados federais do ES preferem não se pronunciar sobre o futuro político que os aguarda com a eleição de 2018. É preciso avaliar impacto da Lava Jato sobre o pleito.
Além disso, muita coisa ainda deve acontecer até lá, como as mudanças na legislação eleitoral, que está sendo debatida no Congresso.
Na última eleição de 2014 o índice de renovação para a Câmara dos Deputados foi de 43,7% das 513 cadeiras.
O que dizem os deputados
“Está muito cedo para dizer se vai ser Bolsonaro contra Lula. Temos que ver se eles vão permanecer ficha limpa”, disse o deputado Carlos Manato (SD).
Mas mesmo não querendo abordar o assunto, ele garante que o voto dele será para o reservista capitão do Exército Jair Bolsonaro.
“Se eu não acreditar na minha reeleição, quem irá acreditar. É lógico que eu acredito. Temos que ter esperança. Ao final de contas levo o meu mandato com dignidade e não me envolvi em nenhum caso de corrupção”, disse Manato sobre as possibilidade de reeleição.
“Estou trabalhando muito, sempre acompanhando as sessões, visitando os municípios. Apesar do momento ruim para toda a classe política, eu acredito na minha reeleição”, complementou.
Incertezas
Já o deputado Jorge Silva (PHS) avalia que a próxima eleição “se apresenta num quadro de bastante incertezas”.
“A classe política passa por um período de extrema deslegitimação. Teremos um altíssimo número de abstenção, votos em branco e nulos com financiamento restrito”, comentou.
“E ainda mais teremos apenas 45 dias de propaganda eleitoral com regras ainda indefinidas. Logo vejo um quadro de difícil avaliação neste momento”, falou.
“Quanto ao quadro de presidente temos que aguardar. Ainda não tenho candidato”, se resumiu a dizer.
Imprevisível
O deputado Paulo Foletto (PSB) assinala que às eleições do próximo ano serão de uma total imprevisibilidade.
“O eleitor está enojado com todos os grandes partidos que estão envolvidos em escândalos de corrupção”, assegura.
Mas ele está confiante em conseguir mais uma reeleição. “Meu trabalho está aí. Nunca me envolvi em corrupção ou ilegalidade alguma”, afirma. Foletto está no segundo mandato.
Fim do Brasil
Sobre a possibilidade de acontecer um 2º turno para presidente entre Lula e Bolsonaro, ele afirma esse cenário apontado atualmente nas pesquisas não persistirá.
“Essa polarização é o fim do Brasil. O Lula iniciou o processo de roubalheira que a Dilma continuou e o Bolsonaro não tem sustentação”, dispara o socialista.
Mas indagado em quem votaria se esse cenário permanecer, ele afirmou que a “tendência do PSB é acompanhar o PT. Mas eu sou contra”.
Distritão
Entretanto o socialista acredita que até setembro o Parlamento votará uma nova legislação eleitoral que pode estabelecer o “distritão”.
Onde os candidatos mais votados estariam eleitos. Acabando com o voto de legenda.
Prematuro
Por fim, a deputada Norma Ayub se manifestou através de sua assessoria de imprensa que “a política é, e sempre será muito dinâmica. E portanto é extremamente prematuro falar em 2018”.
“Prefiro continuar com o meu trabalho parlamentar, cumprindo a minha agenda prioritária, com foco na saúde e educação, e o bom resultado nas eleições será apenas uma consequência natural”, finalizou.
Os demais deputados da bancada foram procurados mas não retornaram.