BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Com os aumentos de casos de contaminação e mortes no Distrito Federal,  fica a cada dia mais remota a possibilidade do Congresso Nacional voltar a funcionar, presencialmente, ainda em 2020.

Câmara e Senado estão funcionando remotamente, e precariamente, desde março. Nem 30% dos servidores das duas Casas estão atuando. Hoje o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a dizer que não sabe quando a situação estará segura.

Nesta terça-feira (18/8), o Distrito Federal confirmou 1.435 novos casos de coronavírus. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF), o DF tem 140.170 casos confirmados da doença.

Desse total, 121.078 estão recuperados e 2.097 (1,5%) morreram. Hoje, 55 mortes por covid-19 foram registradas. A situação piorou após o comércio ter sido liberado. As aglomerações em bares são diárias, inclusive acidentes de carros e atropelamentos.

Até um funcionário do Senado se envolveu num acidente. Caio Ericson é funcionário comissionado do senador Lucas Barreto, do Partido Social Democrático do Amapá. Trabalha como auxiliar parlamentar sênior. De acordo com o Portal da Transparência, ele tem remuneração média de R$ 11.245.

Atropelou duas pessoas numa moto, fugiu sem prestar socorro e ainda colocou o carro numa oficina mecânica, o que acabou o denunciando.

ELEIÇÃO

A paralisação do Congresso também ajuda os parlamentares que vão disputar as eleições municipais de novembro, porque eles podem atuar na campanha em tempo integral, sem ter que votar em Brasília.

Tradicionalmente o Congresso já para em períodos eleitorais, com ou sem pandemia. Da bancada capixaba quem mais se beneficia por essa situação são os deputados Sérgio Vidigal (PDT) e Norma Ayub (DEM). Ele disputa na Serra e ela em Marataízes.