BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O apoio do governo federal ao Centrão – grupo de partidos fisiológicos que trocam votos por cargos – não visa apenas impedir um eventual pedido de impeachment de Jair Bolsonaro.
Os bolsonaristas querem também eleger o futuro presidente da Casa, em fevereiro de 2021. Mas não querem atropelar o processo sucessório na Câmara e no Senado, neste momento, porque desejam discutir uma nova proposta de retorno da CPMF.
Rodrigo Maia que ainda tem mais de 6 meses de mandato como presidente da Casa, já disse que um novo imposto não passa pelo plenário.
Um técnico do Ministério da Economia disse ao Correio Braziliense que acredita que o sucessor de Maia será um representante do Centrão, totalmente fechado com o Palácio do Planalto.
A meta do governo é adiantar ao máximo as discussões da reforma tributária – encaminhando o novo imposto via emenda – que será associado a questões sociais para garantir mais empregos por meio da desoneração das folhas de pagamentos das empresas — , e encurtar os prazos de aprovação.
“Maia tem agido de forma muito autoritária em relação à proposta de reforma tributária”, disse Guilherme Afif Domingos, assessor especial de Paulo Guedes, para o Correio.
Mas, segundo outro integrante do time da Economia, “todo autoritarismo de Maia acabará assim que ele voltar à planície, como ocorreu com todos os ex-presidentes da Câmara”.
(Com informações do Correio Braziliense)