BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O CNJ – Conselho Nacional de Justiça – afastou 35 juízes envolvidos em irregularidades nos últimos dois anos. Mas foram abertos 82 processos disciplinares contra os magistrados.
O que significa que a maioria foi inocentada. E mesmo os condenados foram punidos com aposentaria, vencimento integral e o sossego do lar. Mais de 90% das 2.360 reclamações disciplinares foram arquivadas.
O CNJ recebeu 556 pedidos de providências contra magistrados, em 24 meses, segundo VEJA. Esses números não incluem os casos registrados no Espírito Santo, recentemente.
Herança roubada
Intitulada de “Follow the Money”, a operação do MPES, resultou na prisão preventiva do juiz Bruno Fritoli Almeida (levado para o presídio do Quartel de Maruípe) e de outras seis pessoas, entre os quais o juiz Maurício Camatta Rangel, obrigado a usar tornozeleira eletrônica.
Vergonha para o Judiciário capixaba. Os dois juízes foram afastados do exercício da magistratura. Eles integravam uma quadrilha que roubava heranças de pessoas mortas e não reclamadas. No estado de Goiás ocorreu a mesma coisa no início do ano.
No caso capixaba a ação da quadrilha foi quase perfeita. Juízes, advogados e agentes públicos se organizaram em uma quadrilha para, reiteradamente, com um modus operandi sofisticado, roubar o dinheiro de heranças de pessoas mortas em comarcas do Espírito Santo e do Brasil inteiro.
A CASA CAIU
Conseguiram mais de R$ 7 milhões de reais. O esquema foi desbaratado, dia (1/8), pelo Ministério Público Estadual (MPES), por meio da Operação Follow the Money (“siga o dinheiro”, em inglês).
Juiz é levado para presídio da PM durante operação do MPES. Foto: divulgação / MPES