Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, pediu que medidas de restrição aos prédios do Legislativo, sejam adotadas a partir de amanhã.

Ele solicitou afirmou à Diretoria-Geral da Casa restringir o acesso das pessoas à Câmara em razão da epidemia de coronavírus que começa a se espalhar pelo País.

Segundo ele, há um grande número de pessoas que circulam na Câmara (mais de 26 mil por dia) e que mantêm contato com outras pessoas que viajaram para o exterior, inclusive parlamentares.

“Aqui circula muita gente por dia. E todo ambiente com pessoas que tenham renda de classe média alta e cruzamento com viagens tem um risco maior. E os parlamentares viajam e, se passaram por alguma região da Europa ou da Ásia, há um risco maior”, declarou.

Câmara debate combate ao coronavírus “Brasil tem que tomar medidas mais drásticas”

BRASÍLIA – O Plenário da Câmara dos Deputados vai debater nesta quarta-feira (11), em comissão geral, as ações preventivas de vigilância sanitária e possíveis consequências para o Brasil quanto ao enfrentamento do coronavírus (Covid-19).

O debate, marcado para as 13h55, ocorre por sugestão da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC). Ela foi relatora do projeto que deu origem à lei que regula a situação de emergência para combater o coronavírus (Lei 13.979/20).

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou presença no debate.

Comissão externa

Também na quarta-feira, a comissão externa da Câmara que acompanha o enfrentamento do coronavírus se reúne para votar requerimentos.

O coordenador da comissão, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), ressalta que o surto da doença ganhou contornos mais graves com a atual repercussão na economia dos países e, especificamente no Brasil, com a alta do dólar, queda dos índices das bolsas de valores e queda mundial do preço do petróleo.

De acordo com o deputado, talvez os brasileiros tenham que se preparar para medidas mais rigorosas. “Eu acho que o Brasil terá que tomar uma série de medidas mais drásticas, com suspensão de algumas rotas internacionais e provavelmente também um controle alfandegário das pessoas”, declarou.

Ele manifestou preocupação com o controle de um eventual reajuste de preços em farmácias, maior vigilância em portos e aeroportos e até planos de contingência que envolvam a frequência às aulas.

 

“Temos que manter a tranquilidade com a população, mas acho que a implementação de medidas mais duras virá nos próximos dias, e a população tem que estar sensibilizada a isso para evitar a disseminação desta doença”, disse o deputado.

Na semana passada, o Ministério da Saúde já anunciou reforço nas estruturas de atenção primária e informou que todas as pessoas que chegarem ao Brasil de países da América do Norte, Europa e Ásia e tiverem sintomas como febre, coriza, tosse e falta de ar poderão ser consideradas casos suspeitos de Covid-19. No mundo, são mais de 110 mil casos com mais de 3.800 mortes, em mais de 80 países.

Com informações da Agência Câmara de Notícias