BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O governo perdeu a queda de braço com os congressistas que são candidatos a eleição do ano que vem e desistiu de votar o projeto de reforma da Previdência.

Ficou para fevereiro do ano que vem, com a possibilidade de ser votado nas duas Casas ao mesmo tempo, na Câmara e Senado. Neste caso não passaria por comissões no Senado, o que está sendo questionado pela oposição.

O anúncio foi feito pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), segundo ele, a pedido do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Para aprovar o projeto o governo precisaria contar com pelo menos 320 votos. Só tinha 290 seguros. Governistas acreditam que em fevereiro – na volta do Congresso do recesso parlamentar – será mais fácil.

Líder do governo, o deputado Lelo Coimbra (PMDB) disse que não houve decisão de adiamento: ” A estratégia está mantida. Se conseguirmos número votamos, caso contrário o faremos em fevereiro, mas o debate está instalado na sociedade e no Parlamento”, disse.

Para o deputado Caros Manato (SD), o governo recuou por não ter voto: “Vão tentar conseguir mais votos até lá”, disse.

Jorge Silva, deputado do PHS, afirmou que o governo adiou porque não tinha segurança: ” Devem achar que na volta do recesso os deputados que são contra mudem de ideia”.

Segundo Jucá, o anúncio de adiamento da votação não é uma derrota para o governo.

“Isso não é uma derrota do governo. O que o governo quer é salvar a Previdência do Brasil. Quer ter 1 resultado que pode salvar as contas”, afirmou.