Senadores Marcos do Val, Rose de Freitas e Fabiano Contarato

BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – Sem muito alarde, o Senado negou a recondução ao CNMP de dois promotores simpáticos ao chefe da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, Deltan Dallagnol.

O gesto foi visto como retaliação. Os promotores Dermeval Farias, do DF, e Lauro Machado Nogueira, de Goiás, foram indicados pela categoria para a recondução ao cargo de integrante do Conselho Nacional do Ministério Público. 

A votação foi secreta, mas os três senadores do DF, Izalci Lucas (PSDB-DF), Leila Barros (PSB-DF) e José Antônio Reguffe (Podemos-DF) disseram ao Correio Braziliense que votaram a favor da indicação.

O presidente da Associação do Ministério Público do DF, Trajano de Melo, divulgou nota de repúdio à rejeição pelo plenário do Senado da indicação dos promotores.

Petistas e a direita unidos contra Dallagnol

Nos bastidores do Congresso ouve-se que um grupo político – deputados e senadores –  quer deter a Lava Jato; para isso interfere nas escolhas do órgão, com objetivo de influir também na escolha do próximo corregedor do CNMP. Deltan que se cuide. 

Senadores capixabas votaram divididos

Os senadores Marcos do Val e Rose de Freitas, ambos do Podemos, não votaram, pois estavam em outros compromissos, Do Val estava reunido com o  secretário Rogério Marinho discutindo a Reforma da Previdência. Rose estava afastada por motivos de saúde.

O único senador a votar foi Fabiano Contarato (REDE). Ele disse para a Agência Congresso que na primeira indicação, votou a favor da recondução. Na segunda votação, preferiu a obstrução.