VITÓRIA – O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), e o ex-governador do Estado Renato Casagrande (PSB) citados nas delações premiadas de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Sérgio Luiz Neves, se dizem tranquilos.

Os delatores alegam que pagaram R$ 2,3 milhões a Luciano, Casagrande e a um assessor do ex-governador durante as campanhas eleitorais de 2010, 2012 e 2014, por meio do setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.

A acusação aparece numa petição emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava a Jato.

Como nenhum dos três citados nas delações possuem foro privilegiado no STF, Fachin encaminhou a petição ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

Como Casagrande e o assessor não possuem foro privilegiado, a tendência é que o TRF-2 desmembre o processo e retorne os autos de ambos para a Justiça Comum.

Citados se defendem
Em nota, o prefeito Luciano Rezende afirma não conhecer teor da petição. Ele diz que nunca teve contato com representantes da Odebrecht, que nenhuma obra da empresa foi feita durante sua gestão e que suas contas pessoais e de campanha estão à disposição para esclarecimentos.

Já Renato Casagrande disse, em sua conta no Facebook, que seu partido recebeu doação oficial da empresa e a repassou às campanhas em todo os estados e que isso é uma oportunidade de provar a legalidade dos fatos.

Nota à Imprensa
Tomei conhecimento, através da imprensa, da inclusão do meu nome na investigação aberta no Tribunal Regional Federal-RJ, a respeito de doações da Odebrecht.

Esclareço que fui responsável pela administração financeira das campanhas do PSB, nas eleições de 2010 e 2014, não tendo jamais disputado qualquer cargo eletivo.

Esclareço por fim, que tão logo seja intimado pela justiça, terei oportunidade para promover a defesa do trabalho realizado na campanha.

Paulo Cesar Brusqui de Almeida.