Bolsonaro tenta puxar tapete de Maia, ao se unir ao Centrão

BRASÍLIA  O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi ao Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira (14) sob o pretexto de conhecer o Centro de Emergência de Enfrentamento à Covid-19. Nesta sexta ele volta ao Planalto.

O encontro desta quinta foi a tarde. Pela manhã, em reunião remota com empresários, Bolsonaro criticou Maia e os governadores que não flexibilizam o isolamento social: “Isso é desobediência civil”, acusou Bolsonaro.

Maia e Bolsonaro estão afastados politicamente desde que o presidente buscou o apoio do Centrão para tentar atropelar o presidente da Câmara. Centrão é uma aglomeração de partidos fisiológicos que trocam votos por cargos.

Após a visita, Maia conversou com os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Braga Netto (Casa Civil) e com o presidente Jair Bolsonaro, que o havia criticado horas antes durante entrevista.

“Eu já tinha sido convidado pra conhecer o gabinete de crise, é meu papel institucional, principalmente em momento de perda de tantas vidas, é importante o diálogo”.

“Depois de ver o gabinete, o presidente da República me convidou para um café e aceitei. Conversamos sobre o momento. Eu disse a ele que deveremos encontrar os pontos que nos unem. Claro que todos têm o mesmo objetivo, salvar vidas e olhar também como sair dessa crise. O diálogo gera mais segurança aos brasileiros.”

Disse Maia aos jornalistas, na saída do Planalto, que os poderes devem se unir neste momento. A ida dele ao Planalto é um sinal importante de trégua e reaproximação entre os Poderes.

A relação entre Planalto e Congresso estava abalada devido as críticas de Bolsonaro ao Parlamento, Casa que frequentou por 28 anos.

A crise se acirrou após negociações do Orçamento Impositivo e segue com ruídos, especialmente entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, após a aproximação do governo com o “Centrão” na Câmara. (Com informação do R 7)