BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – O presidente Bolsonaro sancionou a lei que permite a posse de armas em toda a extensão de propriedades rurais. O projeto teve apoio da maioria da Bancada Capixaba.

Mas o deputado Sérgio Vidigal (PDT/ES) e o senador Fabiano Contarato (REDE/ES) votaram contra.

A medida é considerada uma grande conquista para as comunidades rurais de todo Espírito Santo, de acordo com o deputado Evair de Melo (PP/ES).

A justificativa é que o estado têm sofrido com a violência nessas áreas. “Se sofre muito no Espírito Santo, todos os dias, com roubo de mercadoria, equipamentos e até atentado a vida, e a partir de hoje damos um passo extremamente importante”, disse Evair.

Entre os deputados do ES, Vidigal e Helder foram os unicos a votar contra

 

“Essas propriedades rurais muitas vezes estão distantes de onde a polícia pode chegar. Por isso, é fundamental dar condições ao produtor rural de preservar sua família e também o seu patrimônio”, acrescentou Evair.

A justificativa por parte de Vidigal é que a vida parece ter perdido o valor: “Está se vivendo num momento de muita intolerância e de um estímulo muito grande à violência no Brasil.

Nós criamos valores diferentes para o país, a vida agora passou a não ter valor nenhum. Quanto mais arma você tem, principalmente em área rural, mais você estimulará a violência”, disse o ex-prefeito da Serra.

O senador Contarato, que já atuou como delegado de polícia, no entanto, aborda a maneira de se combater a violência, tópico comum entre ambos os senadores.

“O que o Governo Federal está fazendo é renunciar uma função dele”, rebate. Ele se refere ao artigo 144 da Constituição Federal, que aborda o dever do Estado tendo como função a garantia da segurança pública.

“Não se combate a violência armando a população, principalmente no momento em que se desmantela o Ministério do Meio Ambiente, porque isso pode significar um número ainda maior de embates tanto com as comunidades quilombolas, como as populações indígenas, entre outros”, explica Contarato.