BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – As pesquisas de opinião estão mostrando que o eleitor está buscando em nomes já conhecidos, seus candidatos a prefeito. O mesmo, no entanto, não se aplica aos candidatos a vereador.

Na última eleição o sentimento era de mudança. De votar contra o PT e PSDB. Mas depois de apostar no novo em 2018, parte do eleitorado se frustrou.

Poucos novatos deram certo, como Felipe Rigoni eleito pelo PSB do Espírito Santo. Da bancada capixaba só ele – entre os novos – conseguiu se destacar.

Muitas das mudanças, para o Congresso Nacional e Assembleias, trouxeram resultados  negativos. Muita gente despreparada foi eleita.

O eleitor quer votar em candidatos que conhece, de olho na sua rua, seu bairro. Não quer correr riscos.

Nas principais capitais e grandes cidades, o que se vê são nomes tradicionais da política liderando as corridas municipais. Nomes já testados em urnas anteriores.

O reflexo disso pode não ser bom para o presidente Jair Bolsonaro, caso ele de fato dispute a reeleição em 2022. Seus seguidores no ES também estão vendo a vaca ir pro brejo.

O cenário que vai surgir depois de novembro pode não ter nada a ver com a nova política. No Rio por exemplo Eduardo Paes lidera. Em Manaus, Amazonino Mendes. Em Vitória o petista João Coser, considerado carta fora do baralho, lidera.

Em Fortaleza Luiziane Lins do PT, está em segundo lugar. Em Porto Alegre lidera a ex-candidata a vice presidente contra Bolsonaro, Manuela D’Ávila (PCdoB). Em Curitiba Rafael Greca, político desde a década de 80.

Nos municípios do ES não é diferente. Prefeitos que concorrem ao segundo mandato largam na frente, como Max Filho em Vila Velha, Edson Magalhães, em Guarapari, Sérgio Vidigal na Serra, Vitor Coelho em Cachoeiro, e em cidades menores como Marechal Floriano, Santa Maria e Santa Tereza.

Ex-prefeitos que há oito, 12 anos não disputam as eleições, retornaram e estão liderando em algumas cidades, o que mostra que juntar ideologia e eleição municipal é um erro estratégico.

Muitas patentes que entraram nesta eleição a reboque do nome Bolsonaro, ficarão a ver navios.