BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A pandemia de coronavírus deu credibilidade aos governantes de plantão. Isso fez com que prefeitos e governadores se tornassem mais conhecidos.

Em função disso os prefeitos que disputam a reeleição, este ano, largam como favoritos e contam com maior credibilidade.

A avaliação foi feita pelo diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, em entrevista ao Band Eleições.

Ele citou como exemplo a candidatura do deputado Celso Russonano para prefeito de SP, que em toda eleição larga na frente mas nunca ganha. O popular ‘cavalo paraguaio’. Hoje ele é superado pelo atual prefeito Bruno Covas.

No Espírito Santo vários prefeitos que concorrem ao segundo mandato podem ser beneficiados, entre eles, os prefeitos de Vila Velha, Max Filho, de Guarapari, Edson Magalhães, de Cachoeiro, Vitor Coelho, de Linhares, Guerino Zanon, entre outros.

Na Grande Vitória, os prefeitos da Serra, Cariacica, Vitória e Viana não podem disputar a reeleição. E o de Colatina, Sérgio Meneguelli, decidiu não disputar por ser contra o instituto da reeleição ” que permite o uso da máquina’, afirma.

Bom momento

No país um total de 64 prefeitos (26 de capitais e 70 de cidades com mais de 200 mil eleitores) tentarão se reeleger no pleito deste ano. Só 4 desistiram. Outros 28 estão no 2º mandato e não podem concorrer.

O Brasil tem 147,9 milhões de eleitores distribuídos em mais de 5.000 cidades. Essas cidades abrigam 38% do total de brasileiros aptos a votar.

Nos 64 municípios em que os prefeitos tentam a reeleição estão 38,9 milhões de eleitores (26,3% do total do país).

Eleição crítica

O diretor do Instituto disse ainda que muitos candidatos vão usar a imagem de Bolsonaro nesta eleição, mas que isso pode ajudar mas também pode atrapalhar.
Citou que a popularidade do presidente aumentou após pagamento do auxílio emergencial, mas ocorreu uma migração de apoio.
Antes da pandemia Bolsonaro tinha apoio de classes sociais mais altas, hoje é apoiado pelas mais baixas.
Rede social
Murilo Hidalgo disse também que a falta de contato nas ruas pode  prejudicar os grandes partidos, e que a velha fórmula de ataque agressivo a candidatos não vai ter peso neste pleito.
Já as redes sociais, segundo avaliou, terão peso decisivo nesta eleição porque muitas pessoas vão se informar sem sair de suas casas.
Abstenção
Sobre a abstenção ele calcula que será maior que os tradicionais 20%. E que os candidatos que tem mais votos junto ao eleitor da terceira idade, serão mais penalizados. Na eleição de 2018 a abstenção foi de 20%.