BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – A demissão anunciada do ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB) pode deixar o Espírito Santo sem seu único cargo no governo Bolsonaro.

É que o número dois da pasta, o capixaba Lelo Coimbra, ex-deputado federal pelo MDB, ocupa a Secretaria Especial de Desenvolvimento Social.Lelo não se reelegeu em 2018.

O novo ministro, o gaúcho Onix Lorenzoni é do DEM, e pré candidato ao governo do Rio Grande do Sul. O posto ainda ocupado por Lelo certamente será objeto de disputa.

Com queda de Terra, Lelo Coimbra deve ir junto.

RUIM

Junto a bancada federal a demissão de Terra não foi bem recebida. A senadora Rose de Freitas (Podemos) disse que o deputado licenciado vinha fazendo um ótimo trabalho: “Não entendi porque tirá-lo”, disse.

Outros deputados criticaram a forma como Onyx se relaciona com os congressistas, e afirmam que ele não tem nem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é do mesmo partido, o DEM.

“Onyx perdeu força na Casa Civil porque não cumpria a palavra. Deixava deputados esperando na antessala depois mandava assessores ver do que se tratava”, contou um capixaba que prefere o anonimato.

Já a deputada Norma Ayub, única federal do DEM do ES, aplaudiu a indicação que fortalece sua legenda junto a uma pasta de grande relevância social.

EMBAIXADA

Amigo de Bolsonaro por seis mandatos na Câmara, Osmar Terra recusou uma embaixada oferecida pelo presidente como ‘prêmio de consolação” E saiu por cima, apesar de ter sido atropelado por outro gaúcho.

“Eu estarei onde for mais importante para o governo e para o presidente Jair Bolsonaro. Sou deputado no sexto mandato, com muito orgulho. Agradeço ter ajudado o Brasil e quero continuar ajudando onde estiver. Desejo sorte ao companheiro Onyx Lorenzoni”, afirmou.

Se aceitasse a embaixada, Terra teria que renunciar ao mandado de deputado. Ele ainda tem três anos pela frente.

Já na embaixada, ninguém sabe por quanto tempo ficaria, principalmente servindo a um governo instável politicamente.