BRASÍLIA – A expectativa nos Três Poderes da República é sobre os nomes de políticos envolvidos nos 83 pedidos de abertura de inquérito enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta terça-feira (14/3).

No entanto, a divulgação das informações depende da retirada do segredo de Justiça dos processos. De acordo com o STF, o processo deve demorar de dois a três dias.

A partir de agora, as ações serão numeradas e encaminhadas ao relator da Operação Lava-Jato no Supremo, ministro Edson Fachin. Os sigilos só podem ser levantados após análise a autorização do relator.
As solicitações de investigação são baseadas nas delações dos 77 executivos e ex-executivos das empresas Odebrecht e Braskem.
Além delas, foram solicitados 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, além de sete arquivamentos e 19 outras providências.

500 GB

A equipe de Janot trabalha em cima do material da Odebrecht desde a assinatura dos acordos, em dezembro. Eles puderam passar a organizar formalmente as revelações em pedidos de inquérito com a homologação dos acordos pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, em 30 de janeiro.

De lá para cá, os procuradores da República trabalharam sem pausa no feriado de carnaval ou fins de semana. segundo nota da PGR, antes da assinatura dos acordos de colaboração, foram “realizadas 48 reuniões entre as partes, totalizando quase 10 meses de negociação para maximizar a revelação dos atos ilícitos praticados e das provas de corroboração.”

Todos acordos, segundo o MPF, foram assinados conforme termos e condições previstas na Lei 12.850/2013.

Para produzir os 500 gigabites em depoimentos gravados em vídeo, a PGR criou um grupo de trabalho composto por 116 procuradores da República, que tomaram os 950 depoimentos dos colaboradores, durante uma semana, em 34 unidades do Ministério Público Federal em todas as 5 regiões do país.

Com informações Correio Braziliense