Deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional do PRB

BRASÍLIA AGENCIA CONGRESSO – O vice presidente da Câmara Federal, e presidente nacional do PRB – partido da base de apoio do governo Bolsonaro – deputados Marcos Pereira, divulgou hoje nota de repúdio contra o secretário de Cultura Roberto Alvim.

Nota na íntegra: “Na qualidade de presidente nacional do Republicanos e presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel, repudio de forma veemente a postura do secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, que se valeu de retórica de propaganda nazista para tratar de um prêmio nacional de arte.

Inadvertidamente ou consciente dos seus atos, Alvim ainda acusou a “esquerda” ao afirmar que essa “associação remota” é uma “falácia”, e que trata-se apenas de uma “coincidência retórica”.

Tornou-se lugar-comum acusar a esquerda dos atos espúrios cometidos por quem quer que seja, dentro do governo ou fora dele. Nessa disputa estúpida de discursos vazios, ausente de razoabilidade, quem perde é o povo brasileiro.

O nazismo com todo seu mal nunca deve ser esquecido não para ser celebrado, mas para nunca mais ser praticado no mundo. Alvim deve ser demitido.

Marcos Pereira Vice-Presidente da Câmara -Presidente Nacional do Republicanos – e Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel

Propaganda nazista

O secretário de Cultura Roberto Alvim publicou nas redes, ontem, um vídeo no qual descreve as diretrizes da política para as artes no Brasil em sua gestão.

Com no fundo tocando um trecho de Lohengrin, uma ópera do compositor Richard Wagner, e uma cruz dupla à mesa, Alvim anunciou um Prêmio Nacional de Artes.

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional”, ele afirmou. “Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada.”

discurso emula o usado por Joseph Goebbels, ministro da propaganda do Terceiro Reich — “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”, afirmou nos anos 1930 o alemão.

(Com informações da Folha)