Márcio Félix, ex-secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia (MME) Foto: Saulo Cruz/MME

BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, pediu demissão do governo Bolsonaro.

Félix disse para a Agência Congresso que deixa o MME devido ao convite que recebeu para assumir uma vaga de conselheiro administrativo na Companhia ES Gás, que está sendo criada no Espírito Santo.

“Minha saída não foi provocada por nenhuma desavença com o governo. Além de entrar no conselho da ES Gás, pretendo permanecer no conselho de administração da PPSA – Pré-sal e Petróleo, que é ligada ao Ministério de Minas Energia, como representante do ministério”, disse.

Márcio é o segundo capixaba a sair do Governo Federal este ano. O primeiro foi o ex-deputado Carlos Manato, exonerado da Casa Civil por improdutividade. Hoje, só resta o ex-deputado Lelo Coimbra no Ministério da Cidadania, como secretário do Desenvolvimento Social.

Marcio Felix, Foto: AGC


Félix já atuou como secretário de Minas e Energia no primeiro mandato do governador Renato Casagrande, e chegou a  ser cogitado para integrar o secretariado no mandato atual 

Estava no MME desde 2016, ainda no governo Temer e só pretendia permanecer por dois anos, no entanto o convite foi estendido por mais um ano até a demissão.

“Vim para o governo em 2016, originalmente era para eu ter ficado dois anos, mas acabei ficando três. Pudemos avançar em diversas pautas na área de petróleo, gás e biocombustíveis. Me aposentei da Petrobrás de onde eu sou originário, e estou me preparando para seguir um novo caminho”.

ES GÁS

O documento de criação da Empresa de Gás do Espírito Santo – ES Gás – foi assinado no dia 22 de 2018, mas a empresa só começa a operar em 2020.

A ES Gás, entre outros objetivos, promete diminuir o custo do gás no Espírito Santo e terá como presidente o secretário de desenvolvimento do governo Casagrande, Heber Rezende. 

“Serei membro do conselho de administração da Cia do Gás do ES, a convite do governo Casagrande e da Petrobrás, como a Petrobrás tem 49% da empresa e o governo do Estado tem 51%, estou atendendo a um convite dos dois lados”, disse Marcio Felix.