Senadores do grupo Muda Senado: Foto Jane de Araújo/Agência Senado

BRASÍLIA – Em carta ao movimento Muda Senado, grupo de senadores independentes do qual faz parte, o senador Major Olímpio (PSL-SP) se colocou à disposição para a disputa da presidência da Casa, nas eleições que ocorrem em 2 de fevereiro de 2021.

Nos bastidores, existe a possibilidade do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) disputar a reeleição se conseguir um parecer favorável. Atualmente a reeleição na mesma legislatura é vedada pela legislação.

No texto, Major Olímpio apresenta propostas, como a restrição das decisões monocráticas do presidente da Casa, elaboração da pauta em acordo com colégio de líderes, prazo máximo para tramitação de medidas provisórias e projetos com urgência constitucional, criação de uma Comissão Permanente de segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, desafogando a CCJ, entre outras propostas.

Dois dos três senadores do ES integram o grupo, Marcos do Val e Fabiano Contarato. Já a senadora Rose de Freitas (sem partido) apoia a reeleição do atual presidente. Ela inclusive deixou o Podemos por defender a candidatura de Davi Alcolumbre.

Veja quem são todos os integrantes do Muda Senado:

Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Alvaro Dias (Podemos-PR), Arolde de Oliveira (PSD-RJ), Carlos Viana (PSD-RJ), Eduardo Girão (Podemos-CE), Fabiano Contarato (Rede-ES),

Flávio Arns (Rede-PR), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS), Leila Barros (PSB-DF), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Major Olímpio (PSL-SP), Mara Gabrilli (PSDB-SP),

Marcos do Val (Podemos-ES), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Plínio Valério (PSDB-AM), Reguffe (Podemos-DF), Rodrigo Cunha (PSDB-AL), Juíza Selma (Podemos-MT), Soraya Thronicke (PSL-MS) e Styvenson Valentim (Podemos-RN).

O grupo, no entanto, não tem votos suficientes para decidir a votação num universo de 81 senadores. Para se eleger, Olimpo precisaria de pelo menos 41 votos.

As eleições são realizadas a cada dois anos, por meio do voto secreto, e vence quem tiver a maioria dos votos. Além de presidir o Senado Federal, o senador eleito também se torna presidente do Congresso Nacional.

Alcolumbre foi eleito com 42 senadores há dois anos, numa disputa tumultuada e vergonhosa, com vários outros concorrentes, como o senador Esperidião Amin que obteve 13 votos, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) teve 8 votos, o senador Reguffe (sem partido-DF) recebeu 6 e o senador Fernando Collor (Pros-AL) obteve 3 votos.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) que concorria como favorito, acabou retirando sua candidatura durante a segunda votação em cédulas, após a anulação da primeira votação, mas obteve ainda 5 votos. Na apuração foram encontrados 82 votos.