BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – O menor e mais pobre estado da região Sudeste, o Espírito Santo, é a unidade da federação que menos recebe recursos do governo federal para investimentos em saúde.

Só em 2017 a União deixou de repassar quase R$ 500 milhões para o ES. Ao se reuniu ontem com a bancada federal, em Brasília, o secretário de Saúde do ES, Ricardo de Oliveira, pediu ajuda para tentar receber pelo menos R$ 231 milhões do Ministério da Saúde, para obras, equipamentos e dívidas.

“O ES deveria investir 12% em saúde, mas está investindo 18% devido o subfinanciamento federal. “, disse o secretário. Para ele, esse subfinanciamento é histórico. E apresentou aos deputados e senadores um plano de investimento para ser negociado com o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
“A saúde capixaba não está em crise porque o estado e municípios estão bancando. Nós assumimos essa dívida. O maior orçamento do ES hoje é a saúde. Recursos da segurança pública, meio ambiente e transportes estão financiando a saúde. Alguém tinha que pagar essa conta”, admitiu o secretário.
 
“Vamos pedir ao ministro da Saúde que aumente esses valores”, disse o coordenador da bancada, deputado Marcus Vicente (PP). Ele lembrou que o ES é o segundo estado da federação que mais investe em saúde. “O governo do estado faz seu dever de casa bem acima da média nacional”, concluiu.
Outro deputados presente a reunião, Jorge Silva (PHS) que é médico, perguntou porque o secretário não procurou a bancada antes, já que está no cargo há mais de três anos.
Oliveira respondeu que individualmente já havia pedido ajuda aos parlamentares, mas coletivamente era a primeira vez. A mesma critica foi feita pelo deputado Carlos Manato (SD), que cobrou maior aproximação do governo com a bancada.
 

Ficou definido que a Bancada Capixaba entregará ao Ministro da Saúde, Ricardo Barros, um documento com a assinatura de todos os parlamentares com as prioridades da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo apresentadas na reunião. 

Estiveram presentes os deputados federais Marcus Vicente (Progressistas), Evair de Melo (PV), Sérgio Vidigal, Lelo Coimbra (PMDB), Helder Salomão (PT), Paulo Foletto (PSB), Jorge Silva (PHS), Carlos Manato (Solidariedade) e o senador  Rogério de Castro (PDT).

♠ Pedidos do secretário 
Equivalência ao valor de MAC per capita nacional;

Custeio por orçamento dos hospitais estaduais;

Recursos de habilitação e qualificação de serviços;

Custeio de 50% das despesas do SAMU Região Metropolitana;

Custeio de 50% das despesas com a Expansão para 100% do território;

Investimentos nos Hospitais Estaduais;