Terra deve assumir o Ministério da Saúde, após crise, e levar seu aliado capixaba Lelo Coimbra.

BRASÍLIA – Em entrevista ao argentino Clarín, o deputado federal e ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS) voltou a bater na política do Ministério da Saúde de Luiz Henrique Mandetta neste domingo.

Ele diz que é contra o isolamento social e que apoia o discurso do presidente, não porque seja um lambe-botas do presidente, mas porque tem experiência na medicina.

Para Terra, o coronavírus, que já matou mais de 1.200 brasileiros, “não matará mais do que a gripe do inverno”. “Igual ou semelhante ao do H1N1. No ano passado, houve 800 mortes por H1N1 no Brasil e não fechamos nada. Se forem adicionados, desde 2009, existem cerca de 4.000 mortes. O coronavírus não será mais do que isso”, diz.

O ministro não explica, porém, se o número é aceitável. “Sinto-me obrigado a falar vendo uma condução que acho errada. Vou ficar parado para que ninguém pense que eu quero ser ministro da Saúde? Isso é ridículo. Ocupo o mesmo cargo desde 2009. Tenho mais autoridade para falar do que a maioria dos gerentes de saúde do país”, diz Terra.

Cotado para assumir o lugar de Mandetta na Saúde, o deputado prega desobediência dos países à Organização Mundial da Saúde, pintada por ele na entrevista como um organismo infestado de marxistas. “A OMS é um órgão consultivo, mas não deve ser obedecido em uma pandemia”, diz. (fonte Veja)