BRASÍLIA – Depois de quase um ano, a  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, por unanimidade, dar prosseguimento à investigação por quebra de decoro parlamentar contra a deputada federal Flordelis (PSD-RJ).

Acusada de mandar matar o marido e pastor, Anderson do Carmo, Flordelis está respondendo ao processo em liberdade por ter imunidade parlamentar. Agora, ela poderá perder o mandato por decisão da Comissão de Ética da Casa.

Ao anunciar o prosseguimento do processo na manhã desta quarta-feira (28/10), o corregedor deputado Paulo Bengtson (PTB-PA) afirmou que a congressista “não apresentou as provas contrárias para as acusações de quebra de decoro”.

“O relatório foi aprovado de forma unânime. Será encaminhado o caso da deputada Flordelis para a Comissão de Ética que, segundo o presidente, será encaminhada e retomada na próxima semana”, explicou Bengtson.

Ele negou que o caso esteja sendo atrasado devido a pandemia: “Respeitamos os prazos legais”, disse.

Assim como outras comissões permanentes, a de Ética está com os trabalhos suspensos durante a pandemia. Ainda de acordo com Bengtson, os deputados já costuram acordos para que os colegiados possam ser retomados, mesmo que remotamente, a partir da próxima semana.

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“Acredito que, com mais uma semana de prazo, esse projeto já chegue à comissão”, declarou. O Congresso, no entanto, só deve voltar a funcionar depois das eleições municipais de 15 de novembro.

E assim mesmo com quórum baixo, porque cidades com mais de 200 mi eleitores tem segundo turno dia 29 de novembro.

Plenamente, a Câmara só deve funcionar na primeira quinzena de dezembro. Na segunda quinzena o Congresso entra em recesso parlamentar até 2 de fevereiro, dia da eleição da nova Mesa Diretora.