Com menos de 160 mil votos nenhum partido ou coligação elege deputado federal.

BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Somente depois da Copa do Mundo é que os dirigentes partidários devem começar a definir as alianças para as eleições de outubro. O prazo para registro vai até 14 de agosto.

As chapas proporcionais, no entanto, ( Deputados estaduais e federais) vão influenciar na formação de muitas coligações majoritárias porque praticamente todos os presidentes regionais das siglas são deputados federais. E candidatos a reeleição.

Além disso, os riscos de mudanças no cenário eleitoral são muitos. Começa pela incerteza do quadro nacional para presidência da República –  que reflete nas alianças (coligações) estaduais.

O partido que coligar em cima (majoritária) tem que coligar em baixo ( proporcional). Por exemplo no ES, o PDT deve se coligar com o PT. Se isso ocorrer, os petistas terão que apoiar a candidatura do ex-governador Ciro Gomes para presidente da República.
É o que defende o deputado Sérgio Vidigal, candidato a reeleição. Na chapa dele estariam o deputado Helder Salomão e João Coser. Mas somente dois dos três, teriam chances de vitória. Talvez só um. O PDT pode se coligar também com o PSB.
160 mil votos
Para eleger um deputado federal a coligação ou partido deve somar pelo menos 160 mil votos. Nenhum candidato sozinho tem isso. Nem Vidigal.
Uma eventual coligação do PPS com PSB e o Solidariedade, também garantiria no máximo duas vagas.
As três legendas juntas poderiam somar cerca de 250 mil votos, considerando como puxadores de votos os deputados Da Vitória (PPS), e Paulo Foletto (PSB), e Jorge Silva (SD).
PMDB/PSD/PRB/PSDB
Outra opção é o MDB de Lelo Coimbra firmar coligação com os aliados da base do governador Paulo Hartung, entre eles Amaro Neto e Ricardo Ferraço, candidatos ao Senado.
Já uma eventual aliança nacional entre o PRB e o Podemos, como está sendo debatida em Brasília, pode desfalcar o palanque de Hartung no ES, a começar pelo seu candidato a senador, deputado estadual Amaro Neto (PRB).
Neste caso ele (Amaro) poderia descer para federal, o que prefere inclusive a direção nacional do PRB. Mas Amaro também poderia ajudar a campanha da senadora Rose de Freitas (PODE) ao governo.
A possibilidade de Amaro descer para federal é considerada pelo mercado político. O ES tem dez vagas na Câmara.
Como disse o deputado Jorge Silva, antes de 14 de agosto não saberemos de nada, fim do prazo para registro de candidaturas “Vai um ficar um esperando o outro”, disse.