BRASÍLIA – AGENCIA CONGRESSO – Devem ser publicadas até o fim do mês novas nomeações de segundo escalão do governo, a pedido do Centrão, fruto das negociações entre o Planalto e o grupo de partidos fisiológicos que trocam votos por cargos.

MDB, PP, PL, Republicanos, PSD e Solidariedade prometem garantir pelo menos 200 votos para o governo no plenário da Câmara. O acordo exclui o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM), que se tornou adversário do governo.

Cabe a Maia decidir se abre processo de impeachment contra Bolsonaro. A pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, seria ocupada por indicação do PP na Câmara.

O líder na Câmara, Arthur Lira (PP/AL), é potencial candidato à sucessão de Maia, assim como Marcos Pereira (PRB/SP), presidente do Republicanos.

O novo ministro deve sair da da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ou seja, da bancada ruralista no Congresso.

Ao PP coube também as presidências do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), já publicado.

O PL teria direito a indicar o presidente do Banco do Nordeste, e o Republicanos, uma secretaria no Ministério do Desenvolvimento Regional.

Já o PSD negocia superintendências da Funasa nos estados. Os nomes foram enviados pelos líderes partidários ainda no início da semana passada para o Planalto.

Centrão no ES

Caso as negociações sejam honradas pelo Planalto, o PSD de do ex-prefeito Neucimar Fraga poderá indicar a direção da Funasa no estado, um cargo insignificante.

Já o Solidariedade do ex-deputado Jorge Silva teria acesso a uma das quatro diretorias da Codesa, apesar da companhia estar em processo de privatização.

Outro deputado federal, Amaro Neto do Republicanos também indicaria algum cargo do governo federal no ES. Ele, no entanto, não estaria disposto a “dever fazer a Bolsonaro”.

O PP deve indicar em breve o novo dirigente da Conab. O atual foi demitido quinta-feira para abrir vaga, conforme a AGência Congresso divulgou com exclusividade.

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