BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que é grande a possibilidade de haver aumento de tributos para cobrir parte do déficit orçamentário.

A dívida foi calculada em R$ 58,168 bilhões pelo governo. O ministro deixou claro que a elevação de impostos poderá ser necessária porque, do contrário, o contingenciamento para tapar o buraco orçamentário seria excessivo.

“É uma boa possibilidade”, completou. Ele ressaltou que a ideia não é cobrir toda a deficiência orçamentária com aumento de tributos, e sim parte com contingenciamento e parte com elevação de impostos.

“Aumento de tributo é uma coisa séria, contingenciamento é uma coisa séria. O que queremos é anunciar um número preciso”, completou.

Questionado sobre a dificuldade de se aprovar aumento de impostos neste momento, Meirelles disse que, se a conclusão for que isso não é viável, o contingenciamento será de todo o valor que sobrar após a revisão das receitas.
“Decisão de aumento de impostos no Brasil não é trivial, a carga tributaria é muito elevada”, ressaltou.
Uma das questões que ainda está sendo discutida é se os tributos serão aumentados de forma provisória ou permanente.
RECUO

Ao retirar da reforma da Previdência os servidores estaduais e municipais, o governo enfraquece um dos principais argumentos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que é a unificação das regras de aposentadoria para todos os brasileiros.

Na contramão, torna as normas ainda mais díspares. A medida vai beneficiar 5,092 milhões de funcionários de estados e prefeituras que criaram regimes próprios de previdência, com normas especificas, como por exemplo, beneficio integral.

Em contrapartida, um universo de 1,760 milhão de servidores de 3.491 municípios pequenos serão afetados pelas mudanças porque permaneceram no regime geral (INSS).

Com informações do Correio Braziliense