BRASÍLIA – AGÊNCIA CONGRESSO – Dois
meses após o governo sancionar a Lei 13415/17
que estabeleceu o novo ensino médio, o
resultado foi avaliado pelo educador Rogério
Assis, a pedido da AGÊNCIA CONGRESSO.
Ele considerou os resultados – até agora –
positivos. Mas acha quem as mudanças precisam
vir acompanhadas de outras medidas.
Mestre em linguística aplicada pela Universidade de Brasília (UnB), ele avisa que
serão necessárias outras iniciativas para melhorar a qualidade do processo de ensino
no País.
Servidor da Secretária de Educação do DF desde 2008, graduado em Letras pela
Universidade Federal de Goiás (UFGO) e professor desde os 18 anos, Roger, como é
conhecido, destacou que as mudanças ainda estão acontecendo.
Ele falou com exclusividade para a Agência Congresso“É um processo que se iniciou
no ano passado e é muito recente. Mas uma coisa eu tenho certeza. Um aluno
generalista de treze disciplinas quando sai do ensino médio tem duas opções:
universidade ou mercado de trabalho”, comentou.
“E pelos índices sabemos empiricamente que poucos alunos conseguem acesso a
uma universidade pública ou uma faculdade particular de qualidade”, acrescentou.
Apesar de lembrar que medidas governamentais como o Programa Universidade para
Todos (ProUni) e o Financiamento Estudantil (Fies) aumentaram o acesso à
universidade.
E escancararam as dificuldades que os alunos do ensino médio tradicional tem ao
chegar no ensino superior. “Mal preparados em todas as disciplinas aprendidas no
nível médio”, avaliou.
Funcional
Rogério Assis, de 41 anos, observa ainda um grande volume de alunos universitários
com extremas dificuldades em ler e escrever textos acadêmicos. O que é considerado
analfabetismo funcional.
“O que garante a manutenção de alunos no ensino superior é um bom ensino
fundamental e um ensino médio de qualidade. O que é para poucos”.
Afirmou demonstrando dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB) que aponta, inclusive, um ensino médio privado não tão melhor que o ensino